Ir al contenido principal

Destacados

COLORES DE PRIMAVERA.

Juan Carlos Pacheco Canadá  Elena Sanz  Valladolid Pepita Rollo Santiago de Compostela  Marina Rodríguez Cabrerizos Alejandra  Madridejos Evaristo San Vicente Soto Serrano  Mercedes Fuentes. Salamanca Ángela Escribano Madridejos Paquita Pascua Mieza. Pilar López  Arribes del Duero Rafi Jiménez Soto Serrano  Facunda Mora López Madridejos  Jesús Zamorano Madridejos María  Toledo Elena Alcántara Majadahonda  Carmen Elena Linares de Río Frio Angela Escribano. Madridejos Pepita Rollo. Santiago de Compostela  Magdalena Fraile Calzada de Valdunciel Nati Cabezas  Toledo Carmen González Salamanca María Hernández Asturias Carmen Camarada. Salamanca  Tomás Santana Gran Canaria Antonio Hernández Helechos de ventana y flor de escarcha. Canadá Romina Florencia Cabrera Argentina Evaristo San Vicente. Soto Serrano María Muñoz El Pedroso. Sevilla Parque de Las Salesas. Salamanca Ribera  Sacra. Loli López Bernabé. María Jesús Pórtela. Mozarbez Salamanca Imelda Sánchez. Carbajosa. Salamanca Elena Diego.

NATAL, por JOSÉ DE CAMPOS

 

N A T A L


Diz-se que o Natal é sempre que o homem quiser, mas é certamente mais Natal, na época que o calendário determina...


Em que há frio,

calor humano,

neve, uma lareira,

chuva, um agasalho,

frio nos pés, Missa do Galo.

Algum desengano, talvez enguiço,

azeite, bacalhau, couve e muito alho.

Doentes a sofrer,

pobres sem um tecto,

gente em sua terra, 

soldados na guerra,

famílias felizes, outras nem por isso.

Uns que têm paz, outros solidão,

uns com abundância e muitos sem pão.

Montras enfeitadas,

lares sem aconchego,

montes de famílias em desassossego.

Bolos, filhoses, 

um surdo clamor de pobres vozes, 

desemprego.

Olhitos de criança, o Pai Natal,

prenditas no sapato, frio glacial,

muitas correrias, algum desacato.

Um olhar ao Céu, uma prece a Deus,

e quem é cristão a lembrar os seus.

Os nossos amores, que connosco vivem,

e os progenitores que nos deram vida,

e a qualquer momento estão de partida.

Os filhos dilectos a chegar a casa,

e os avós e netos a atiçar a brasa.

O cheiro dos fritos em cima da mesa,

e a triste lembrança de muita pobreza.

Um lar de abundância,

e a recordação de uma pobre infância,

e de alguns medos, 

de um tempo passado com poucos brinquedos.

Lembranças da terra,

da massa a fintar na grande panela, 

chama a crepitar, e cheiro a canela.

O madeiro em chamas, aquecendo a praça,

o calor no rosto da gente que passa,

o velho e o jovem que seus sonhos traça.

O menino nu em palha estendido, causa um arrepio,

mas, porque é divino, nunca sente frio.

É tempo de esperança, de uma nova aurora, 

e se eu não me lembro,

digam-me agora,

quando é o Natal, se não em Dezembro?  


 José de Campos



                                             







Comentarios

Entradas populares