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REIS. poema de JOSÉ DE CAMPOS
R E I S
Foi há mais de dois mil anos
Que em Belém, na Nazaré,
Nasceu um pobre Menino
Que era um novo Rei Divino,
Filho da jovem Maria
E do carpinteiro José,
Tendo sido numa gruta
Ou cabana de pastores
Que, acometida de dores,
Dava ao mundo esse Reizinho
Que viria, com a idade,
Salvar toda a Humanidade.
Em sinal de vassalagem,
Dos três “canteiros” da Terra
Que eram então conhecidos,
Vinham três reis dirigidos
Em busca do tal Menino,
Tendo errado sem destino
Até um dia chegarem
À fala com o rei cruel,
Conhecido por Herodes,
Que, na terra da Judeia,
Não faz a menor ideia
Onde está esse Reizinho,
Nem qual o melhor caminho
Que devem seguir os Magos,
Perfidamente dizendo
Que era também seu intento
Embarcar em tal romagem
Para prestar vassalagem.
Já fartos de vaguear
Em seus camelos montados,
Eis que surge, lá no alto,
Na escuridão celeste,
Em noite fria e agreste,
Uma estrela cintilante
Que guia os cansados Magos
À cabana do Infante,
Em tosca palha estendido
E pelo bafo aquecido
De dois pobres animais,
Que eram os únicos seres vivos,
Além dos seus tristes pais.
Foi tal a estupefacção
Dos três reis do Oriente,
Que ao verem o Inocente
Em tão tamanha pobreza,
Foi de joelhos em terra
Que o trio oferta a riqueza
Que em seus alforges encerra
E dando graças ao céu,
Tomariam como seu
Aquele pequeno Rei,
Que, de uma gruta oriundo,
Viria a ser Rei do Mundo.
Cada qual, de sua terra,
Traz o seu melhor tesouro,
E o Melchior dos Caldeus
Vindo das bandas de Ur,
Para adorar o Menino
Traz metal luzente e louro
Conhecido como ouro,
Vindo com esta riqueza
Reconhecer-Lhe a nobreza.
Mas o Gaspar, que é mais moço,
Traz das montanhas do Cáspio
Em honra da divindade
De Jesus de tenra idade,
Aquele perfume intenso
Que se evola do incenso.
Veio também Baltasar
De tez um pouco tisnada,
Das terras do Golfo Pérsico
Ou lá Arábia Feliz,
Adorar o Deus Petiz,
E trazendo na bagagem
Aquela amarga folhagem
Que é por mirra conhecida,
E símbolo do sofrimento
Até ao horrendo momento
Em que Jesus perde a vida.
Foi o tal Pobre Menino,
Que de uma cabana escura,
Na mais serena doçura
Irradiou para o Mundo
O princípio mais fecundo
Que eternamente perdura,
De operar na Humanidade
A mais perene igualdade,
Para não mais haver guerra
Em todo o planeta Terra…
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